segunda-feira, 18 de abril de 2016

Reflexão do dia by Ana Luiza Alves Lima

Gosto muito dos textos da Ana Luiza Alves Lima e mais uma vez não poderia deixar de compartilhar com vocês!

Borá iniciar a semana com essa reflexão! =)

Espero que gostem!

Beijinhos 



"Dizem que a dor  que machuca é a mesma que ensina... ou se repete. 

Como deve ser que devemos fazer para mantermos o viço da alma e nos encorajarmos dia a dia para o próximo dia? Costumo dizer que se é humano, já é relativo por natureza. 

Todos que são rápidos no julgamento deixam de contemplar as inúmeras variáveis possíveis das coisas e das pessoas. Somos seres cheios de cacoetes, com almas adiposas de apego, e temos como doença moderna a falta de delicadeza com as pessoas, por isso da real necessidade do eterno exercício da vigília para que a gentileza - de alguma forma - volte a fazer parte do cotidiano das pessoas. 

Me parece tão raro ouvir "obrigado" ao invés de "valeu!" ou até mesmo "de nada", que chego a pensar ser de outro planeta pessoas que utilizam a amabilidade como um recurso social - ao mínimo - já que ela de fato, abre tantas portas e janelas e mundos. 

Será que é possível manter o vigor no olhar  com tanta cara amarrada, tanta frase dúbia enroscada, tanta pressa desnecessária? 

As pessoas se atrasam a compromissos e quando chegam, não tem o descalabro de pedir desculpas, mandar uma mensagem de texto avisando do imprevisto, ou mesmo ligando ou pedindo para que alguém se incumba disto. Parece ser "normal" atrasar, afinal de contas o trânsito, o outro compromisso... mil desculpas que não comportam justificativa para o tempo do outro. Tal descuido nos faz crer que somos menos importantes, e que a vida atingiu uma mediocridade repugnante. 

Devemos cuidar das nossas relações sim, e melhor ainda, daqueles que fazem parte cotidiana das nossas vidas. Já vi pessoas tratarem melhor os estranhos da vida que seus próximos colegas de trabalho, parentes e cônjuges. Como assim?

 A vida - definitivamente - vez ou outra necessita de pausas. Pausas para ajeitar a forma, o tom, o vocabulário, a emoção, e por que não, a análise. Escutar mais que falar (meu desafio diário) é prova de sabedoria, pois é aí que você enxerga no outro aquilo que ele é. Se formos nós os condutores da conversa, perdemos este poder de entender o outro, já que nossa voz poderá calar a riqueza do outro. E o curioso aqui é que parar não é interromper, pois muitas vezes, continuar que é interromper. 

Certa vez eu li que felicidade é o que depende do que acontece fora de nós, e alegria depende do que acontece dentro de nós, por isso, peço sempre, alegria para que eu tenha doçura, e sabedoria para os momentos de dores, quedas e provações, pois nada deveria tirar o extrato da leveza que é viver e acreditar que os percalços existem para nos deixar fortes, humildes e nos lembrarmos sempre, que somos humanos, falíveis e cheios de defeitos. 

A viagem da vida é personalíssima e creditar culpados, vitimizar momentos  e se colocar na posição passiva da própria vida, é de um desperdício imperdoável! Vamos embora viver, se alegrar e seguir adiante, com novas perspectivas, novo olhar sobre o mesmo, mesmo sapato sob a estrada, e o melhor: com cicatrizes dignas dos momentos que nos permitiram ser quem somos hoje.

E para você que não consegue aceitar um elogio de cara limpa sem engasgar, pára tudo! O elogio sincero me parece uma ferramenta poderosa de amor, que multiplica seus efeitos se você simplesmente agradecer esses momentos ao invés de achar que não merece, achar que é bajulação ou qualquer sentimento pequeno.  Somos ricos e singulares, e quando merecemos e recebemos um elogio, ele deve ser sorvido com a mesma entrega que o outro - genuinamente - declamou.


 "Dois excessos: excluir a razão, e admitir apenas a razão." Blaise Pascal"

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