segunda-feira, 19 de maio de 2014

Leadership for Transition - Schumacher College | Parte 4

Acordei cedo, tomei café da manhã e fui para a minha tarefa do dia que foi uma delícia, minha atividade era colher talos na horta para a sopa do jantar e depois alimentar as galinhas, lógico que amei! =)

Após o trabalho diário fomos para um passeio na cidade para conhecer sua história e os projetos locais.




Visitamos para conhecer os projetos em um local chamado REconomy, basicamente é um espaço de coworking com incubação para que os projetos possam ser alavancados.



Alguns dos projetos são:


No período da tarde passei por um bar e uma cafeteria que tem gatos como atração principal. Uma grande oportunidade no Brasil, para quem gosta do mercado Pet, eu adoraria um espaço desse em São Paulo! <3






Algumas dúvidas:
Quem sou eu?
Quem é você? 
O que você faz para um mundo melhor?
O que tenho feito por um mundo melhor?

É bom saber que existe um lugar assim e que é possível, o difícil vai ser voltar para São Paulo e continuar em uma cidade louca onde as pessoas não se preocupam com a alimentação, sujam a rua, poluem e nem sabem os nomes dos vizinhos.

Acho que vou começar uma campanha por um Brasil melhor: #porumbrasilmelhor

- Parte 3;
- Parte 5!

Beijos =)

Leadership for Transition - Schumacher College | Parte 5

Após essa semana de contato maior com a natureza, desafio de falar outro idioma, dividir o espaço com pessoas que estava conhecendo e ainda me conhecer mais, posso até achar que estou no caminho certo, pois continuo desconfortável e com vários questionamento sobre as minhas ações para um mundo melhor, mas me sinto bem por acreditar que já faço um pouco de tudo isso!

Nunca sabemos se será o certo ou errado, se será o caminho ou não, mas podemos fazer sempre o nosso melhor para estar em paz com nós mesmo!

O que transição?! Estou saindo dessa semana acreditando que estamos sempre em transição, e que nunca encerraremos esse processo. Estamos a todo momento renascendo, morrendo, aprendendo, ensinando, fazendo a diferença na vida de alguém, ...

Uma nova ação que me proponho daqui para frente é me permitir mais tempo sem achar que estou sempre atrasada, como se o coelho da Alice estive sempre ali do meu lado falando que estou atrasada ou devo alguma coisa para alguém! Bem vindo ócio criativo!

Gostaria muito de agradecer todas as pessoas com quem convivi durante essa grande experiência. Todas foram bem importantes para mais esse aprendizado, as que gostei e as que também não gostei, as que me identifiquei e as que fizeram várias coisas que não gosto e me incomodaram muito. Com certeza algumas não imaginam o grande bem que me fizeram, foram pequenas palavras, grandes gentilezas, olharem, toques, cuidar e ser cuidado. Tudo ótimo, maravilhoso!

Acabou, mas estou voltando para o Brasil querendo essa paz para sempre! _/\_ <3

Para ler os outros textos e conhecer um pouco dessa minha experiência é só clicar abaixo:


Beijos =)

Leadership for Transition - Schumacher College | Parte 3

Quando o Tim Crabtree pediu para que cada um se apresentasse e dissesse porque estava ali falei que trabalho com Empreendedorismo e sustentabilidade no SENAC - SP, mas falei também que quero uma vida diferente em São Paulo e estar na Shumacher está fazendo toda a diferença para achar o caminho para isso.



Ele apresentou a cooperativa de Mondragon como exemplo de economia democrática com 84 mil funcionários e 256 empresas participantes da cooperativa.

Deixou como dica o livro The Living Economy para leitura sobre a nova economia, do autor Paul Ekins.

Algumas dúvidas minhas:
Como posso minimizar o meu impacto na sociedade?
Como posso ter ações mais sustentáveis?
Como a comunidade onde moro pode ser mais sustentável?
Tem produtores orgânicos na região de Interlagos/Parelheiros?
Como líder quais são as influências que fazemos?

Outro livro que ele deixou como dica é o Small is Possible, do autor George McRobie.

O líder precisa ter consciência que querendo ou não está gerando uma certa influência nas pessoas que estão ao seu redor, quando Tim falou isso também pensei que qualquer ação nossa acaba gerando uma influência em alguém e daí volto na grande da física: ação e reação!

Se as pessoas tivessem mais consciência de como suas ações fazem a diferença ou podem mudar a vida das outras pessoas tudo seria diferente. Uma dica minha agora é preste atenção no que faz e pense um pouco antes de realizar!

Todos os trabalhos são importantes para o bom andamento da sociedade. Na Schumacher você consegue ver muito bem isso, pois cada um tem uma função e podemos trazer essa realidade para a nossa sociedade e pensar nas pessoas que trabalham para o bom ou ruim funcionamento da nossa cidade.

Intention + attention (Intenção + atenção) 

A meditação é uma boa forma de aprender a prestar atenção, ir além do que estamos acostumados a olhar no dia a dia.

Se você está atento na sua intenção, no seu caminho saberá o momento de parar, mudar de rota ou só tomar fôlego.

Hoje estamos com o lado racional mais aflorado e deixamos de lado o emocional, isso tem impacto direto na sociedade, em nossas escolhas!

O ideal é um equilíbrio entre o racional e o emocional!

Com essa discussão sobre economia com o Tim só reforçou para mim que não podemos ficar dependendo dos nossos governantes para mudar o Brasil, precisamos começar pelas nossas ações!

Algumas atenções que devo lembrar:
- comida mais saudável
- energia boa o tempo todo
- como fazer diferente no dia a dia para não ficar no piloto automático

Enquanto a Schumacher continuar como um espaço pequeno, será só um espaço pequeno. O que está me incomodando é saber que na próxima semana volto para uma cidade louca, onde serei só mais uma e as pessoas pouco se enxergam...

Como é difícil colocar na prática o que falamos, na teoria tudo é lindo! Estava também refletindo sobre a meditação, aqui eles meditam todas as manhãs por 40 minutos, mas não adianta nada meditar todos os dias e não ter a consciência das nossas ações nos outros. Em vez de meditar por alguns minutos, sugiro trazer a meditação para o dia todo, 24 horas! 

Quero ler como foi os outros dias:
- Parte 4;
- Parte 5!

Beijos =)

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Leadership for Transition - Schumacher College | Parte 2

Hoje iniciamos com a tradicional reunião da manhã onde cada um pode falar e fazer o que quiser, tivemos o Fred e o Guilherme declamando uma poesia feita pelo Fred em dois idiomas: português e inglês, e também tivemos um alongamento/aquecimento no jardim.





As conversas iniciaram com o Rob Hopkins falando sobre Cidades em Transição.



Uma das discussões foi sobre o que seria a palavra transição e uma das definições foi que é você olhar para os problemas de outra forma;

Ele contextualizou falando que os pequenos comerciantes estão acabando por conta das grandes marcas que estão dominado o mundo, só os mais resilientes estão ficando e cabe a cada um de nós escolher o que e onde comprar!

Rob deu exemplos de projetos da Cidade em transição e inclui o da Brasilândia, para saber mais clique aqui!

O Rob mostrou algumas moedas locais utilizadas para potencializar os comércios locais e falamos dos exemplos brasileiros como o Banco Palmas e o Banco Pérola.

REconomy Center - é uma incubadora para os projetos da região de Totnes que tem o objetivo de potencializar novas receitas, fortalecer a economia local e assegurar as necessidades dos pequenos empreendedores. Para saber mais, clique aqui!

Transition Town Brixton foi outro exemplo que ele deu para mostrar o poder da comunidade em fazer a mudança local. Para saber mais, clique aqui!

Chego a conclusão que no Brasil ainda estamos iniciando esse processo de comunidade. Ainda precisamos levar essa discussão para todos, somos parte de uma cidade e juntos podemos transformar na cidade que queremos!

Para saber mais sobre esse tema:

No período da tarde, após o almoço, saímos para uma caminhada para encontrar o John Rae para mais uma roda de conversa.



Minha atividade do dia foi ajudar com a preparação do jantar. Essa experiência de fazer parte do coletivo é muito interessante e um grande aprendizado.



Se perdeu o texto do meu primeiro dia, clique aqui!

Para ler os outros textos:

- Parte 3;
- Parte 4;
- Parte 5.

Beijos =)

Leadership for Transition - Schumacher College | Parte 1

Estou fazendo um curso chamado "Leadership for transition", na Schumacher College, e vou compartilhar com vocês um pouco do que estamos conversado e fazendo. 

Ontem tivemos uma aula com o Stephan Harding, ele tem um livro que foi traduzido para o português chamado Terra Viva, da editora Cultrix.

Ele iniciou a discussão mostrando alguns gráficos sobre os problemas ambientais como o crescimento do desmatamento, espécies devastadas, aumento da temperatura, crescimento da população, etc., e eu me lembrei da professora da quarta série que fez despertar dentro de mim um super interesse pela área ambiental, por conta das pesquisas sobre a ECO 92 que estava acontecendo naquele momento. Aí me questionei: caramba, faz 20 anos que compreendi a importância de pensar no todo, em ser ou tentar ser o máximo sustentável possível, e porque isso continua igual?!



Alguns outros pontos da nossa conversa:
- Primeiro você usa o seu feeling para depois pensar/agir. Primeiro você usa a sua intuição para sentir!;
- Não tem negociação com a  natureza;
- Discutimos sobre a teoria Gaia e sua relação com a liderança, tudo é ação e reação! Suas ações gerarão reações e suas reações gerarão ações, sejam elas boas ou ruins!;
- Não é possível controlar tudo, mas temos responsabilidades pelas nossas atitudes e escolhas;
- O líder não existe, o que deve existir é um facilitador do processo;
- A natureza tem dado um feedback negativo para como estamos cuidado do planeta agora precisamos tomar as providências!

Após o almoço saímos para uma caminhada na costa, próximo ao mar e o Stephan foi contando a história do Mundo, nos 6 Km que percorremos, em uma das atividades paramos, deitamos e só ficamos ali sentindo a natureza, o vento, passarinhos, a grama... Maravilhoso, com certeza cada um teve uma sensação diferente, mas para mim foi como se estivesse recarregando a bateria, a energia vindo do chão! 







Depois do jantar, foi o meu dia de lavar a louça na cozinha, e as panelas eram enormes. Ainda bem que minha dupla é um homem! Rsrsrsrs 



Após lavar toda a louça fomos para a atividade de encerramento do dia na fogueira e com uma bela lua!



Nas discussões alguns dos pontos abordados foram:

- Liderança vem do coração, liderar é uma escolha!;
- Corremos riscos desde quando eramos pequenos, em cada momento da vida um tipo, mas devemos enfrentar todos!;
- A inteligência está no grupo e não no líder, para que o líder não tenha um peso muito grande sobre o grupo!;
- A mulher tem um papel fundamental na sociedade;
- Nunca será tarde para viver a vida que você acredita, se tudo der errado comece novamente!;
- Precisamos ter a consciência que somos parte de um todo muito maior;
- O maior diamante que temos é o amor, por tudo e por todos, só que às vezes não sabemos utilizar esse amor;

Fique atento para os próximos compartilhamentos, se quiser ler os outros textos:

- Parte 2;
- Parte 3;
- Parte 4;
- Parte 5.

Beijos =)

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Missão: fazer o bem

Ontem fiquei esperando uma companheira do curso que estou fazendo aqui na Schumacher College, no aeroporto de Londres, algumas pessoas me falaram para que faria isso se poderia chegar 1 hora antes no hotel.

Na hora das perguntas não soube responder, mas na hora que estava esperando ela chegar me lembrei quando estive em Londres pela primeira vez sozinha ou ainda quando estive em Nova York sozinha. Não me custou nada esperar, mas tenho certeza que para ela fez uma grande diferença. 

Fazer essas coisas é muito fácil e faz um bem danado para ambas as partes.

Que tal fazer o bem para alguém essa semana?! Não vale fazer o bem para você mesmo, tá?!

Está lançado o desafio!

Beijos e uma linda semana para todos =)

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Oportunidades pelo ralo!

Estou em Lisboa, mas não deixo de pensar como nos brasileiros perdemos algumas oportunidades.

Aqui a cada esquina tem uma lojinha bem arrumada vendendo lembranças da cidade, diferente do Brasil que agora na Copa teremos barracas de ambulantes pelas calçadas e com pessoas gritando para chamar atenção dos clientes!

Eles montaram aqui o Museu da Cerveja (dos países de língua oficial Portuguesa) e vendem vários produtos associados as cervejas, inclusive os copos que fazem um super sucesso. Lógico que comprei! Rsrsrsrs 



Cada dia fica claro para mim que empreendemos no Brasil só por necessidade e quando fazemos isso não usamos a nossa criatividade.

Você concordo ou discorda desse meu pensamento?!

Beijos direto de Lisboa

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Fórum Brasileiro de Finanças Sociais e Negócios de Impacto – Investir para transformar | Parte 2

Empresários como investidores: que impacto queremos?

Palestrantes: Luiza Nascimento – IT3 Capital, Marcos Nisti – Instituto Alana, Ana Maria Diniz – Instituto Península e na moderação o Antônio Ermírio de Moraes Neto – Vox Capital
O papel fundamental do líder do futuro, fazer os negócios de uma nova forma – impacto social com performance financeira.
Os negócios sociais deverão ser avaliados tão qual um negócio tradicional, pois os empreendedores são movidos pelo coração e isso não vai trazer dinheiro para os negócios, grande dica da Ana Maria Diniz.
Instituto Alana tem vários projetos e que muitos com pernas próprias, concorrendo no mercado com empresas tradicionais. Hoje estão com um processo interno para olhar cada projeto que poderão virar empresas.
Em uma economia do amanhã não existe a possibilidade dos negócios deixarem de lado o impacto social, recado do Marcos Nisti.
A educação não vai aguentar muito, por isso devemos ter uma mudança radical para os próximos 10 anos. A tecnologia não será a solução, mas ajudará muito. Devemos romper com o sistema viciado do sistema de educação pública que tem uma sala de aula engessada. Um mercado fértil e cheio de oportunidades para empreender, recado da Ana Maria Diniz.

Vencedores do desafio “investir para transformar”

Apresentação dos três finalistas do prêmio foram:

1) AEC - agora eu consigo
Empreendedor que tem uma filha com paralisia cerebral e que se viu com a única saída, propor uma solução para se comunicar com a filha.
A comunicação feita por meio de cartões, não é muito eficaz, mas com a chegada do tablet proporcionou pegar a comunicação por cartões e juntar com o tablet e foi aí que surgiu a LiVox.
Permitir que pessoas sem condições de se comunicar possa com o LiVox fazer essa comunicação.
Pessoas com deficiência não precisam de pena e sim de ajuda para se desenvolver.
2) Joy Street
Empresa para solucionar o descompasso da educação. Escola não dialoga com as crianças e a proposta aprendizagem com dialogo e diversão. Pais, alunos e professores jogando juntos.
Equipe altamente qualificada para montar esses games. Já tem produtos rodando em várias escolas do país!
3) Vivenda
Empresa que vende reformas para pessoas de baixa renda. Kit banheiro, ventilação e revestimento.
Contratação com passos simples, pequenos escritórios nas comunidades e pessoas prontas para explicar como pode ser todo esse processo.

O vencedor foi o Vivenda, o segundo lugar o LiVox e o terceiro o Joy Street.

O futuro do setor de finanças sociais e negócios de impacto e o lançamento da força tarefa brasileira de finanças sociais
Palestrantes: Célia Cruz – ICE, Tim Draimin – SIG e Ronald Cohen – Big Society Capital

Melhores condições de vida para a população brasileira, mas para isso precisamos mais financiamento e pessoas engajadas. Precisamos mudar a nossa cultura, precisamos mudar as nossas crenças, os nossos hábitos.
Estamos olhando para fora e tentando aprender com países que estão trabalhando o tema há mais de 10/15 anos, foram 20 organizações envolvidas para pensar em lançar essa força tarefa no Brasil.
Grande inspiração no encontro dos G8´s e agora Portugal que lançou a sua força tarefa.
Inovação Social são necessidades não atendidas e as finanças sociais apoiam o fluxo de inovação.
No Canadá a área em 2004 era um campo fragmentado, em 2006 teve o encontro de finanças sociais, hoje em dia está estruturado.

Força tarefa – Investir para transformar
Foi apresentado o time que faz parte dessa força tarefa, são elas: Andre Degensajn - GIFE, Antônio Ermírio de Moraes - Vox capital, Ary Oswaldo Mattos Filho - Mattos Filho, Fábio Barbosa - Grupo Abril, Guilherme Affonso Ferreira - Bahema Participações S/A e Vera Cordeiro - Saúde Criança.



O Fábio Barbosa foi o representante que falou em nome de todos da força tarefa. A proposta é que exista uma ação coordenada para auxiliar o crescimento desse conceito.
“Não dá pra ir bem, indefinidamente, em um país que vai mal.”
Uma forma boa é o empreendedorismo, onde cada individuo chama para si a responsabilidade para contribuir com o país.

Proposta de:
1)mobilizar mais capital
2) acelerar a estruturação do ecossistema
3) catalizador o processo

Linha de ação:
1) Acesso a recursos existentes e promoção do tema
2) Aproveitamento das compras institucionais
3) Incentivo aos facilitadores do ecossistema e fortalecimento do pipeline

Ele sitou a matéria da exame sobre impact invest, será super positiva que mostra para onde estamos indo.
É hora de fazer dar certo!
Não temos um problema de direção e sim de velocidade, o problema está no ritmo em que estamos caminhando!
O Brasil é a somatória das nossas atitudes, não cabe apenas o governo resolver todos os problemas. Somos nós que fazemos o Brasil, se acreditamos que empreendedorismo é o caminho cabe a cada um de nós. E juntos podemos mudar o Brasil!


Eu acredito muito que podemos ganhar dinheiro e ainda sim ter impacto, fazer o bem. Essa inclusive é a proposta dos Nossos Peludos, minha empresa que vende ração pela internet para ajudar a alimentar animais abandonados. 

Vamos mudar o Brasil????

Beijos =)

terça-feira, 6 de maio de 2014

Fórum Brasileiro de Finanças Sociais e Negócios de Impacto - Investirpara transformar


Fiquei encantada com o evento, fazia muito tempo em que não participava de um evento tão bem organizado, com ótimo material e pessoas realmente interessadas nas discussões, seguem abaixo as minhas anotações que gostaria de compartilhar com vocês:

Boas Vindas dos realizadores

Antônio Erminio de Moraes Neto - Vox Capital
Precisamos de um bom espelho para ser referência e mostrar que é possível, que já está acontecendo essa mudança.

Maure Pessanha - Artemisia Brasil
Mudança nos interesses dos empreendedores para negócios de impacto, principalmente saúde, habitação e educação, pois está entendido por essas pessoas que não podemos esperar tudo do governo.
Ainda é um campo em construção, um desafio para os empreendedores, os empresários e também para as universidades que já começaram a trabalhar esses temas em suas disciplinas. São 90 palestrantes sendo 25 internacionais para ajudar nos debates sobre esse tema tão inovador.

Renata de Camargo Nascimento - ICE Brasil
O evento foi cocriado pelo ICE Brasil, junto com dois grandes parceiros a Artemisia e a Vox Capital.
Fórum inovador no Brasil, mas que já acontece na Inglaterra, Canadá e EUA, por exemplo.
O ICE foi criado há 15 anos atrás por empresários que pensavam que seria necessários ir além para transformar o nosso entorno, o nosso país.




Ecossistema de finanças sociais e negócios de impacto: perspectivas nacionais e internacionais

Eliza Erikson - Diretora de Empreendedorismo da Omidyar Network, EUA

Eliza foi a primeira a falar e iniciou falando sobre a importância do movimento que vem sendo discutido no Brasil e América Latina sobre o desenvolvimento de negócios de impacto social. Não podemos deixar de debater essa mudança de paradigmas que devem passar por todos os negócios do país.
O empreendedor que resolver montar um negócio de impacto já estará iniciando com milhões de clientes no mundo.
Mistura de filantropia e negócios para gerar impacto pode ser uma solução.

Susana Garcia Robles - Diretora da Fumin/BID, EUA
A Fumin/BID é um dos principais apoiadores dos Ventures no Brasil.
A Susana se mostrou bem feliz pelo evento, pois estamos falando de um Brasil novo, pois negócios de impactos há alguns anos atrás nem era ouvido, mas hoje estamos aqui com esse auditório cheio.
Temos que falar dos casos de sucesso, mostrar os negócios de impacto que estão fazendo a diferença para incentivar outras pessoas.
A indústria na América Latina ainda é um risco, e isso ainda não é atraente para os investidores. Hoje em dia, os riscos estão diminuindo e no Brasil tem setores como agronegócio, por exemplo, que pode ser levado para a América Latina toda.
Não queremos só dinheiro ou impactos sociais, queremos os dois, e aí está o grande desafio de trocar o “ou” para o “e”! Queremos dinheiro e impacto social.
O empreendedor da América Latina ainda precisa entender como trabalhar com o investidor, pois o investidor quer estar junto do negócio. Outro desafio é que os setores mais necessitados são normalmente os subsidiados no Brasil, e isso já é um super desafio para quem quiser empreender nessa área.
O negócio precisa ser escalável, não adianta pensar em um negócio só para o entorno.

Viviane Naigeborin - Assessora estratégica da Potencia Ventures, Brasil
Negócios de Impacto são os negócios que servem uma parcela da nossa população que não possuem os serviços básicos.  Como exemplo mostrou os seguintes dados:
1) Jovens de 4 a 17 anos estão fora das escolas, 13 milhões de analfabetos funcionais;
2) Na área da saúde 70% da população tem apenas o SUS como suporte para a saúde.
Estamos falando de produtos essenciais para o desenvolvimento das pessoas, do país.
As universidades estão trazendo o tema para a sala de aula, o Sebrae hoje tem uma área só pensando em negócios sociais, isso mostra como o campo está crescendo.
Os modelos de negócios podem dar escalabilidade para muitos projetos sociais que poderão ser replicados.
Hoje no Brasil não tem como falar em negócios sociais sem esbarrar nos setores públicos, e o grande desafio é trabalhar isso em conjunto. A dica para quem quer fazer um negócio de impacto é conhecer bem os problemas da base da pirâmide e todas as politicas públicas já existentes na área de interesse.
Como mensurar os impactos desses negócios ainda não existem respostas prontas, pois é muito difícil medir esse impacto.
Metricas globais seriam uma boa vantagem, mas o desafio é que cada contexto tem um impacto diferente, o que é impacto no Oriente Médio pode não ser impacto no Brasil. Essa discussão é bem longa.
A dica é usar indicadores governamentais para fazer comparações globais.

O moderador dessa mesa foi o Daniel Izzo da Vox Capital, deixou para o público que acredita muito no tema e no desenvolvimento do país por meio de negócios de impacto.
Vivemos com as desigualdades no Brasil batendo a nossa porta e esse cenário é muito fértil para novos negócios. Para se ter uma ideia ele trouxe o dado de que as 300 (trezentas) pessoas mais ricas do mundo tem mais dinheiro do que 3 milhões de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza!

Negócio de impacto social na área de educação

Claudio Sassaki - Geekie, Brasil

Ele iniciou sua apresentação colocando que o método de ensino não mudou, mas as pessoas mudaram. Depois de alguns anos no mercado financeiro ele resolveu fazer algo com sentido para a vida dele.
A Geekie personaliza o itinerário formativo da pessoa para que ela possa atingir seus objetivos.
Pela ferramenta conseguem identificar os gaps que existem na formação dessa pessoa para que ela aprenda tudo que precisa.
Os alunos, pais, professores e diretores das escolas acessam a plataforma e juntos monitoram esse estudo.
Modelo B2B direto para escolas, hoje a Geekie tem menos de 3 anos com 400 clientes, como escolas, faculdades e alguns clientes corporativos.
A cada cliente que fecha o contrato com eles, é ofertado de graça a mesma plataforma para uma escola pública que não teria condições de comprar.
Projeto Geekie Games 2013 – assista o vídeo e logo abaixo veja os resultados!



Os resultados foram em 2 meses, 2 milhões de inscritos, 11 secretarias de educação, mais de 100 aparições na mídia, 78% eram alunos de escolas públicas, 63% entre 16 e 20 anos, mais de 17 mil escolas participantes que isso representa 53% das escolas do país, 39 milhões de exercícios feitos, média de 2h24min de estudo por aluno, aproximadamente 70% dos pontos fracos foram superados.
A Geekie foi acelerada pela Artemisia e Endeavor, proposta de mudar a educação do país.


O desenvolvimento do ecossistema de finanças sociais no mundo: do conceito à experiência prática

Participantes da mesa: Hans H. Wahl – INSEAD/França, Michele Giddens - Bridges Ventures/Reino Unido e o moderador dessa mesa foi o Filipe Santos da INSEAD, França


O Reino Unido é o país que mais desenvolveu seu setor de negócios sociais.
Estamos caminhando para criar um novo setor, temos os convencionais que não estão dando conta das áreas que deveriam ser do governo. Essa é a área de inovação/negócios sociais, grande desafios, mas espaço para crescimento de novos negócios.
Em alguns negócios o impacto pode sim ser criado, mas é difícil monetizar esse negócio.
Perfis
    1)   aqueles que dão prioridade ao lucro
    2)   aqueles que querem só o impacto
    3)   aqueles que querem trabalhar os dois, pois estão totalmente relacionados

Desafios
  1)   foco nas soluções inovadoras e com impacto (não nos indivíduos nem nas organizações)
 2)   desenvolver um sistema de contabilidade de impacto
  3)   Desenvolver o ecossistema – criar esse novo setor

Painel: Lucro e Impacto social – como equilibrar a equação?

Participantes da mesa: Daniel Izzo – Vox Capital, Leandro Lima de Carvalho – ToLife, Rogério Oliveira – Yunus Negócios Sociais e Maria Cavalcanti – First Brazil Impact Investing Fund.

A ToLife é uma empresa de tecnologia para a área de saúde, empresa de solução para urgência/emergência. Hoje em dia, a ToLife impacta 200 mil pessoas/dia e 90% da carteira de clientes é do setor público.
Rogério Oliveira, se posicionou colocando que o Yunus pode ter todos os seus direitos em não concordar que as empresas tenham lucros, mas ele acredita nesse equilíbrio entre gerar impacto e lucro.
Como mediadora a mesa teve a Ana Luiza Herzog, da Exame.

Painel: Fontes de financiamento e recursos para startups

Participantes da mesa: Alejandro Preusche – Alamado, Carlos Pessoa – Wayra, Cassio Spina – Anjos do Brasil e Guilherme Santa Rosa – Fábrica de Aplicativos

Essa mesa contou com a moderação do Marcelo Nakagawa.




A grande discussão dessa mesa foi de onde vem os recusos para os negócios iniciarem ou escalarem suas operações? Outro questionamento foi por que estão investindo em negócios de impacto ao invés de investimentos tradicionais?
Grandes problemas se tem uma grande oportunidade e os negócios de impactos sociais são campos novos, mas bem interessante. A grande dificuldade está em ter boas pessoas da área social trabalhando bem negócios ou alguém de negócios que entenda a área social.
A Wayra investiu apenas em 2 projetos de negócios sociais dos 30 que já passaram pela aceleradora, mas que não deram o retorno esperado.
O Cassio colocou que a proposta da Anjos do Brasil são negócios que tragam inovação. Não é puramente ganhar dinheiro, mas tem o objetivo de construir negócios com algo a mais. As pessoas confundem o investimento anjo com patrocínio ou doações, principalmente que está montando uma proposta de negócios sociais.
No inicio a Fábrica de Aplicativos produzia 2 app’s por dia, hoje estamos falando de mais de 500 app’s por dia. Iniciou com fundo perdido vindo da FINEP, por exemplo.
O Marcelo Nakagawa aproveitou para falar que eu estava na plateia e que o Senac SP é uma das instituições educacionais que fomenta muito empreendedorismo em suas atividades.
Melhor do que correr atrás do investidor é fazer um bom negócio para os investidores correrem atrás de você, dica do Cassio Spina para encerrar o painel!

Para acessar o site do Fórum, clique aqui!

Espero que tenham gostado, amanhã postarei mais!

Beijos =)